Texto e Fotos: Victor S. Gomez
Corria o ano de 1789, quando D. Maria I de Portugal incumbiu ao Vice-Rei Luiz de Vasconcelos e Souza, que iniciasse a catequese dos índios denominados Coroados. A empreitada não foi tão fácil, os coroados eram bastante temidos, mas não resistiram às armas dos homens comandados pelo capitão de ordenanças Inácio de Souza Werneck.
Corria o ano de 1789, quando D. Maria I de Portugal incumbiu ao Vice-Rei Luiz de Vasconcelos e Souza, que iniciasse a catequese dos índios denominados Coroados. A empreitada não foi tão fácil, os coroados eram bastante temidos, mas não resistiram às armas dos homens comandados pelo capitão de ordenanças Inácio de Souza Werneck.
A noite os índios invadiam lavouras das fazendas vizinhas a aldeia, trazendo grandes prejuízos aos seus donos. As difíceis trilhas e densa floresta da mata atlântica dificultavam a viagem até a região dos coroados. Depois de vários combates com os destemidos Coroados, foi construída uma modesta capela dedicada a Nossa Senhora da Glória de Valença, em homenagem ao Vice-Rei descendente da tradicional família portuguesa dos Marqueses de Valença.
O contato com os colonizadores fez com que surgissem doenças, contra as quais os índios não tinham imunidade. Uma epidemia de varíola se propagou nesta época por várias aldeias, causando grande dano a comunidade indígena. Alguns poucos nativos que sobraram foram levados para Conservatória dos índios. Com a chegada do progresso a população branca aumentou e os poucos índios que restaram foram para Minas Gerais.
Em meados do século XIX, Valença tornou-se um dos municípios mais ricos do estado do Rio de janeiro. Várias linhas de trem cortavam seu território, para buscar as sacas de café estocadas nas fazendas. Uma grande malha ferroviária ligava Valença, Osório, Barão de Juparanã, Rio das flores, Conservatória e cidades vizinhas.
A instalação das oficinas e do 10.º Depósito da Central do Brasil; a construção da variante de Estêves e do trecho ferroviário entre Marquês de Valença e Taboas e de Rio Preto a Santa Rita de Jacutinga, fizeram também com que aumentasse a população, se enriquecesse o comércio e se desenvolvesse a indústria. Hoje suas belezas, tanto na arquitetura quanto as naturais, encantam a todos que nos visitam.
Jardim de Baixo.
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